segunda-feira, 12 de maio de 2014

Origem das fossas abissais

Fossas abissais ou oceânicas  são áreas profundas do piso do fundo do mar. Possuem dimensões hemisféricas, sendo porém, estreitas em largura. Tal área do  relevo oceânico pode atingir até 11 km de profundidade. As fossas se formam nas chamadas zonas de subducção, trechos da crosta terrestre onde as placas tectônicas convergem, colidem, e uma delas, a de maior densidade penetra embaixo da outra de menor densidade. Como resultado forma-se uma grande depressão no solo submarino.




Principais fossas oceânicas, em ordem de grandeza:
  • Fossa das Marianas - 11033 m
  • Fossa de Tonga - 10882 m
  • Fossa das Kurilas - 10542 m
  • Fossa das Filipinas -10540 m
  • Fossa de Kermadec -10047 m
  • Fossa de Izu-Bonin (também chamada fossa de Izu Ogasawara) -9780 m
  • Fossa do Japão - 9000 m
  • Fossa de Porto Rico -8605 m
  • Fossa do Atacama (também chamada fossa do Peru-Chile) -8065 m


Origem das cadeias de montanhas: Andes e Himalaia

As montanhas são formadas pela ação de forças tectônicas, ou seja, pela colisão entre placas. Podem ser divididas em jovens e velhas.  As que se originaram em épocas geológicas mais recentes, como o Terciário, são consideradas montanhas jovens, apresentando as maiores altitudes.  São exemplos os Andes e o Himalaia. Por estarem sujeitos a processos de erosão relativamente recentes, são constituídas de vales profundos e altos picos pontiagudos.
Há milhões de anos, a placa de Nazca moveu-se em direção à placa sul-americana e, por ser mais densa, penetrou por baixo, causando a elevação do terreno sobre essa zona de choque, dando origem às elevadas montanhas que hoje formam a cordilheira dos Andes. O Himalaia está entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia.
 
Cordilheira do Himalaia:
 
 
 
Cordilheira dos Andes:
 
 
 

Formação das rochas Magmáticas, Metamórficas e Sedimentares

As rochas estão separadas em três diferentes grupos:

Rochas Magmáticas: estas são originadas através de materiais em estado de fusão que se solidificam por resfriamento, entre eles os minerais feldspatos, a mica, os óxidos metálicos, os minerais silicatos ferro-magnesianos, etc.
 
Rochas Metamórficas: Estas passam por mudanças e têm sua origem através das rochas magmáticas, das sedimentares e também das metamórficas. Tal transformação acontece pelo aumento da temperatura e ainda ocasiona a elevação da pressão e o aumento de deslocamentos, o que resulta na fragmentação da rocha original.
 
Rochas Sedimentares: surgem nas zonas profundas da litosfera (crosta terrestre). Sua formação se dá a partir de processos físico-químicos que sofrem os agentes destrutivos. Ex. arenitos, calcário, folhelhos, etc.
 
 

Origem dos Tsunamis

Tsunami é um termo de origem japonesa, onde “tsu” significa porto, e “nami” onda, portanto onda de porto. Os tsunamis ocorrem quando ocorrem abalos no fundo do mar ou perto do oceano, e acabam gerando uma grande perturbação na água. As ondas do tsunami viajam ao longo do oceano, e em alto mar são praticamente imperceptíveis, porém quando elas se aproximam da terra, provocam atrito com o fundo, fazendo com que o tamanho da onda aumente muito e destrua tudo que está ao redor. O tsunami também pode ser causado por atividades de vulcões, porém geralmente possuem menos poder que os do mar.

É muito difícil prever quando os tsunamis podem ocorrer. Alguns países com maiores incidências e riscos possuem um centro de alerta, mas nem sempre é possível ter certeza. Países que ficam em regiões costeiras, como Filipinas, Indonésia, Japão, Ilhas Fiji, Estados Unidos, em especial no Havaí, possuem um histórico de episódios de tsunami, e geralmente as ondas não afetam um só lugar, elas se movem conforme as correntes marítimas e aí então todos ficam em alerta. Para facilitar a previsão, é possível utilizar sensores submarinos, telemetria por rádio e por satélite e boias à superfície, para tentar medir o comportamento das ondas e o tamanho.

Origem do vulcanismo na Islândia e Hawaí

A origem do vulcanismo nessas regiões se deve ao encontro de placas que há em suas áreas, e à ocorrência de um processo de subducção na crosta oceânica ,quando uma placa "mergulha" sob a outra. Por serem pontos de hot spots, pontos em que o magma rompe a camada superficial, possuem muitos vulcões ativos, que são necessários para expelir o manto. A atividade vulcânica pode acarretar a formação de ilhas, formando por exemplo as ilhas da Islândia e Havaí.

Origem dos terremostos no Chile, Japão e Califórnia

As regiões do Chile, Japão e Califórnia situam-se no encontro de placas tectônicas. Quando duas placas se chocam, ocorrem os terremotos, movimentos bruscos que abalam o terreno através de vibrações. Eles surgem a partir da liberação da energia acumulada entre alguns pontos de encontro entre duas placas tectônicas. Com essa liberação, as placas reacomodam-se na litosfera e propiciam a ocorrência dos abalos sísmicos. O Chile encontra-se entre as placas de Nazca e a Sul-Americana. O território do Japão está localizado em uma das áreas mais sísmicas do planeta, uma zona de convergência de placas tectônicas, denominada “Círculo do Fogo do Oceano Pacífico”. Essa instabilidade tectônica é consequência de uma zona de convergência que envolve as placas do Pacífico, Euroasiática Oriental, Norte-Americana e das Filipinas. Já a Califórnia, encontra-se entre as Placas do Pacífico e a Norte-Americana.




Estrutura interna da terra

A estrutura interna da Terra é representada em modelos que se baseiam em dois critérios diferentes: a composição química e as propriedades físicas.

No modelo da estrutura interna da Terra segundo a sua composição química, são consideradas três unidades estruturais concêntricas - crosta, manto e núcleo - separadas por superfícies de descontinuidade.

-  crosta: constitui a zona mais superficial do globo terrestre e pode ser dividida em crosta continental e em crosta oceânica. Encontra-se separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic.
- manto: situa-se desde a base da crosta até à profundidade de 2900 km e pode ser dividido em manto superior e em manto inferior. Encontra-se separado do núcleo pela descontinuidade de Gutenberg.
- núcleo: situa-se a partir dos 2900 km e pode ser dividido em núcleo externo e em núcleo interno.
No modelo da estrutura interna da Terra segundo as suas propriedades físicas, o globo terrestre é constituído por quatro regiões - litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera.


Teoria da tectônica de placas

De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, denominados placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.
Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras. Esses processos são classificados em:

Zonas de divergência – as placas tectônicas afastam-se umas das outras.

Zonas de convergência – as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção.

 Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa).

 Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.
Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os terremotos e tsunamis (ondas gigantescas).

As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.



Teoria da Deriva Continental

Teoria criada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, na qual ele afirmou que há, aproximadamente, 200 milhões de anos não existia separação entre os continentes, ou seja, havia uma única massa continental, chamada de Pangeia e um único Oceano, o Pantalassa.

Depois de milhões de anos houve uma fragmentação surgindo dois megacontinentes chamados de Laurásia e Godwana, e apartir daí os continentes foram se movendo e se adequando às configurações atuais.

O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda, placas que se movem, é a constatação de que a Terra não é estática. Então Wegener percebeu que a costa da África possuía contorno que se encaixava na costa da América do Sul.

Outro vestígio que reforça a teoria foi a descoberta de fósseis de animais da mesma espécie em continentes diferentes, pois seria impossível que esses animais tivessem atravessado o Oceano Atlântico, a única explicação é que no passado os dois continentes encontravam-se juntos.
 
 

Escala geológica

Para facilitar o estudo do nosso planeta, o tempo é algo fundamental. Por isso, da mesma maneira que a História do Homem se encontra dividida em séculos, os séculos em anos, os anos em meses, os meses em dias, os dias em horas e por aí fora, também a História da Terra está dividida em períodos que são muito maiores do que os séculos em que se divide a nossa história.
 
As maiores divisões são os Éons. São considerados 3 Éons:
 
- Arcaico (que significa antigo) – Dá-se o aparecimento da vida. No entanto, os seres vivos são ainda pequenas células muito simples, procarióticas.
 
- Proterozóico (= vida escondida) – Os seres vivos tornam-se um pouco mais complexos. Aparecem as primeiras células eucarióticas (isto é, com um núcleo bem definido) e os primeiros seres pluricelulares, mas ainda muito simples.
 
- Fanerozóico (= vida visível) – A vida evolui significativamente. Os seres vivos tornam-se cada vez mais complexos até aquilo que são hoje.
 
Os dois primeiros Éons (Arcaico e Proterozóico) ocupam uma grande parte da história do nosso planeta, contudo as formas de vida são muito simples e praticamente não há registo fóssil que nos mostre como seria a vida nesta altura.
 
A tabela que se segue representa a escala do tempo geológico, que se encontra organizada desta forma. Também se chama tabela estratigráfica, ou tabela cronoestratigráfica ou geocronológica, e indica as principais secções em que se divide o tempo geológico
 
 
 
 
 
O Fanerozóico divide-se em 3 eras:
 
- Paleozóico (paleo= antigo + zóico=vida)
- Mesozóico (meso=meio + zóico)
- Cenozóico (cenos=novo + zóico)

Cada uma das eras subdivide-se ainda em períodos e cada período ainda pode ser subdividido em épocas.

O período de tempo que antecede o Paleozóico denomina-se de Pré-Câmbrico, pois o Câmbrico é o primeiro período da era Paleozóica. O termo Pré-Câmbrico designa tudo o que está para trás.

A tabela seguinte resume os principais acontecimentos que marcaram cada uma das Eras.